segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Santuário de Nossa Senhora das Dores será elevado para Basílica Menor





Uma cerimônia de grande significado para a nação católica nordestina acontece na manhã de hoje, com a elevação do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores à Basílica Menor, no Dia da Padroeira de Juazeiro. Milhares de pessoas de todo o Nordeste participam da celebração, às 9 horas, com missa conduzida pelo bispo diocesano, dom Fernando Panico.

A celebração contará com a presença de bispos de todo o Nordeste além do representante do papa no Brasil, o núncio apostólico, Lourenço Baldisseri, e o arcebispo de Fortaleza, dom José Tosi. Ele fará a oficialização da Basílica. Ao meio-dia acontece a Despedida do Romeiro. A Romaria da Mãe das Dores é uma das mais tradicionais de Juazeiro do Norte. A estimativa de visitação desde que foi aberta, no último dia 30 de agosto, é de 500 mil pessoas.

MAIS
A Igreja Matriz, construção barroca, foi inaugurada em 1875 e se tornou o centro de todos os eventos religiosos que acontecem na cidade. Em seu altar principal fica exposta uma imagem de Nossa Senhora das Dores que Padre Cícero mandou vir da França.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Cariri: Troca de voto por tijolo

O eleitor que receber dinheiro ou outra vantagem para votar em um candidato pode pegar de um a quatro anos de reclusão. A venda do voto pelo eleitor, assim como a compra pelo candidato ou a pedido dele, estão previstas como crime no artigo 299 do código eleitoral.
Na prática, infelizmente, a maioria dos eleitores e os candidatos, especialmente os da região sul do Ceará, incluindo os de Caririaçu, não tomaram conhecimento desta lei. A prova de tudo isso é que o preço do material de construção teve uma alta muito grande nos últimos dias. Quem resolver comprar bloco e cimento nas próximas horas, vai ter que ficar na fila. Além de caros, esses dois produtos básicos da construção civil, são os termômetros da moeda principal do comércio de votos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Caririaçu - CE - Acusados de assalto a casa lotérica são presos durante a fuga

Uma verdadeira caçada policial foi realizada na tarde de ontem entre os municípios de Caririaçu e Crato para prender cinco pessoas acusadas de assalto a casa lotérica em Caririaçu. Policiais do destacamento de Caririaçu, do GATE de Juazeiro e do COTAN do Crato, comandados pelo capitão L. Rodrigues se embrenharam nas estradas vicinais e conseguiram prender os assaltantes. A ação do bando aconteceu por volta do meio-dia de ontem e as câmeras de vigilância registraram tudo, inclusive as agressões de um dos bandidos contra um funcionário da lotérica.
O assalto rendeu aproximadamente 15 mil reais e os assaltantes fugiram inicialmente numa moto vermelha de placa KKB-1923, inscrição de Juazeiro do Norte e depois pegaram um Fiat de placas JRD-0461, inscrição de São Felix do Coribe, na Bahia, dirigido por Welder Siqueira Alves, 30 anos. Com ele foram presos Severino Ferreira da Silva, 31 anos, acusado de chefiar o bando, juntamente com Antonio Máximo Amorim, 21 anos e as mulheres Glória Ticiana Barbosa, 22 anos e Deuzilene Pereira da Silva, 22 anos.
Segundo o capitão L. Rodrigues, o chefe da quadrilha, Severino Ferreira da Silva tem quatro mandados de prisão e é o mais perigoso do bando. "Não é de hoje que estamos a procura do Severino, bandido periculoso com ação em vários estados do Nordeste", disse o capitão, acrescentando que "foi o Severino que arquitetou tudo e trouxe os comparsas da Bahia para agir em Caririaçu". Com relação às duas mulheres, o capitão explicou que "elas ficaram na porta da loteria e avisaram aos bandidos o momento certo da ação". O acusado Welder Siqueira fala ao repórter do MISÉRIA dizendo ser inocente sendo desmentido pelo capitão L. Rodrigues que o chamou de "ladrão, cabra sem vergonha e pilantra".
O baiano Welder Siqueira Alves que disse ser empresário na Bahia, afirmou que era inocente e apenas foi ajudar Severino e o amigo dele, sem saber que se tratava de um assalto. As declarações de Welder foram rebatidas pelo capitão L. Rodrigues, que assegura que todos estão envolvidos até o pescoço no assalto a lotérica de Caririaçu.
Os cinco acusados foram inicialmente levados a sede da Policia Federal em Juazeiro do Norte e depois encaminhados a delegacia de Polícia Civil, onde foram autuados em flagrante.

Notícia do miseria.com.br

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

CINCO PESSOAS SERÃO JULGADAS HOJE PELA MORTE DO CARIRIAÇUENSE LUIZ MIGUEL NETO


Cinco homens, acusados de integrar um dos dois grupos de extermínios descobertos pela Força-Tarefa da Polícia Civil, no ano passado, serão levados a julgamento, hoje, em Fortaleza. O grupo é encabeçado pelo comerciante Firmino Teles de Menezes. Juntamente com ele, estarão sentados no banco dos réus o pistoleiro Sílvio Pereira do Vale Silva, o ‘Pé-de-Pato’; Claudenor Ribeiro Alexandre, o ´Nono´; Rogério do Carmo Abreu e Paulo César Lima de Souza, o ´Paulão´.

Vingança

Este será o primeiro de uma série de julgamentos previstos pela Justiça em que os acusados de integrar o grupo de extermínio deverão ser submetidos. Conforme apurou a Polícia, Miguel Luiz neto foi vítima de uma vingança planejada por Firmino Teles, seu ex-sócio. O acusado devia muito dinheiro à vítima, por conta da dissolução da sociedade.

Uma sigilosa investigação policial, realizada pela Força-Tarefa da Polícia Civil designada pelo secretário da Segurança Pública, Roberto Monteiro, culminou na quebra do sigilo telefônico dos acusados.

As gravações juntadas aos autos do processo apontaram outras tramas criminosas, além da que resultou na morte de Miguel Luiz. O desfecho do caso aconteceu com a prisão dos acusados durante uma operação da Polícia Federal, em Fortaleza, batizada de ´Companhia do Extermínio´, realizada no dia 8 de novembro do ano passado. Nas diligências, os acusados foram presos.

Além dos cinco homens que hoje estarão sendo julgados, outros dois acusados foram pronunciados pela Justiça, mas recorreram e, por conta disso, poderão ser julgados posteriormente. São Valdemar Gomes Cirino Filho e Pedro Cláudio Duarte Pena (cabo PM).

O júri está marcado para ter início às 9 horas de hoje, no Fórum Clóvis Beviláqua. A segurança do prédio estará reforçada por policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BpChoque). Atualmente, os acusados cumprem prisão preventiva.

A INVESTIGAÇÃO

1) O INÍCIO
Uma morte aparentemente desconexa: Júlio César Diniz, assassinado em 29/5/2007. Executado a tiros por dois homens numa moto vermelha. Sem ter ligações aparentes, foi a partir da morte desse empresário paulista que a Polícia Civil (25º DP) identificou o grupo que matava por encomenda. Júlio chegava em sua fábrica de aviamentos (Zigg Brasil), no Montese, quando foi baleado nas costas e na nuca.

Quem matou, quem mandou: O suposto mandante seria um empresário do ramo, que foi até preso e denunciado por porte ilegal de arma (e indiciado pela execução, mas não chegou a ser denunciado à Justiça por esta morte). Descobriu-se uma milícia clandestina, formada por seguranças civis e PMs da ativa, que prestava serviço a este concorrente. As provas começaram a se unir a partir dessa morte.

Conexões: O chefe da segurança desse suposto mandante da morte de Júlio César Diniz era um civil, Paulo César Lima de Souza, o "Paulão", que dava ordens até em PMs no comando do serviço não autorizado. Investigado por escutas autorizadas, Paulão nominou quem era de seu grupo. Entre estes, gente com o passado já marcado. A Polícia cumpriu seis mandados judiciais de busca e apreensão na casa de cinco PMs e de um ex-PF. Surgiram ligações dessa "primeira" morte com assassinatos anteriores.

A força-tarefa: Menos de um mês depois, em 27 de junho de 2007, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro, determinou a instalação de uma força-tarefa especial formada por cinco delegados para investigar a morte de Júlio e mais quatro execuções. A esta altura, já havia uma estatística constrangedora para a SSPDS sobre essa prática.

2) A VOLTA NO TEMPO
Quatro execuções, uma rixa: A Polícia apurou que a morte de Júlio César Diniz estava ligada a outras quatro ocorridas antes, entre 2004 e 2007: a de Francisco Tomé Filho (morto em 10/12/2004), de Carlos dos Santos Marques (em 16/5/2005), Gilberto Soares Duarte (em 25/8/2006), e de Miguel Luiz Neto (em 27/4/2007). As quatro estavam dentro de uma mesma história.

O elo: O segurança Paulão já havia trabalhado para o empresário Firmino Teles de Menezes. Dono de uma loja de móveis, ele foi apontado pela Polícia como mandante das mortes de Tomé, Carlos, Gilberto e Miguel Neto. O motivo seria o litígio de negócios que teria com uma madeireira pertencente ao sogro de Miguel.

Eliminações: Tomé trabalhava para o advogado da família de Miguel, teria rejeitado propina para mudar de lado na briga. Carlos era empresário, fornecia madeira, estaria cobrando dívida de R$ 126 mil a Teles. Gilberto trabalhava na madeireira e testemunhava contra Teles num processo cível. Miguel estava na linha de frente da rixa com Teles.

Mais pistas: Nas execuções, a cena sempre se repetia. Dois homens que faziam tocaia, matavam a tiros e fugiam numa moto vermelha. Aqui, a Polícia já fazia interceptações telefônicas autorizadas.

A estranha impunidade: Até que a morte de Júlio César Diniz fosse apurada, os assassinatos de Tomé, Carlos, Gilberto e Miguel tinham autoria desconhecida. Nem estavam sendo investigados.

3) AS PROVAS
Interceptações telefônicas: Várias escutas autorizadas mostram diálogos entre os acusados que, segundo a Polícia, seriam relacionados aos crimes. Muitas das conversas têm os réus trocando informações da investigação, inclusive já sabiam (apesar do sigilo do caso) da decretação de suas prisões

Microbalística: Exames periciais técnicos, feitos em Brasília, comprovaram que vários projéteis encontrados nos corpos das vítimas saíram das mesmas armas.

Testemunhos (encomenda ou vingança): Ouvidas pela Polícia, as testemunhas sempre relataram a característica dos matadores usarem moto vermelha, fugirem sem roubar e sempre em dupla. Em alguns casos, a execução era feita por grupos, como no caso de Rômulo Alves, Lenimberg Rocha e Rogério Candeias. Nesses casos, as ações eram para vingar a morte de amigos, e não por encomenda.

Os cinco acusados serão julgados pelo 5º Tribunal do Júri da Capital, sob a presidência do juiz de Direito, Jucid Peixoto do Amaral, acusados da morte do empresário do ramo de madeireira, Miguel Luiz Neto. O crime de pistolagem aconteceu na tarde de 27 de abril do ano passado, no cruzamento das avenidas Rio Grande do Sul e Carneiro de Mendonça, bairro Jóquei Clube (Zona Sul).


Fontes de Pesquisa: Diário do Nordeste/Jornal O Povo